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Isenção do IR vai beneficiar 15 milhões, enquanto 150 mil de alta renda pagam a diferença

Bruno Carazza, economista e comentarista do Jornal da Globo, destaca que a medida muda o modelo de arrecadação, ampliando a isenção para a classe média e transferindo parte da cobrança para os mais ricos.

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A ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda promete alterar de forma significativa o peso da tributação sobre diferentes grupos de contribuintes no Brasil. Segundo dados da Receita Federal, a mudança representa um impacto direto sobre o universo de 40 milhões de declarantes.


O economista Bruno Carazza, doutor em direito econômico pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e comentarista do Jornal da Globo, destacou que cerca de 15 milhões de contribuintes deixarão de pagar ou passarão a recolher menos imposto.


  • 🔎 Prevista para valer a partir de 2026, a medida prevê que quem ganha até R$ 5 mil mensais ficará isento do pagamento. Já rendas entre R$ 5 mil e R$ 7.350 terão uma isenção parcial, com descontos na alíquota.

  • 🔎 Atualmente, a tabela do Imposto de Renda funciona de forma progressiva. Ou seja, conforme o valor da renda aumenta, o contribuinte passa a pagar um imposto maior sobre aquela parcela de rendimentos. Hoje, estão isentos os contribuintes com renda tributável de até R$ 3.036 por mês — equivalente a dois salários mínimos.


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Segundo ele, o desenho do projeto, no entanto, também deixa claro a dimensão da desigualdade de renda no Brasil: enquanto milhões de trabalhadores de classe média e média alta serão beneficiados, um grupo estimado entre 140 mil e 150 mil pessoas — aqueles que ganham mais de R$ 50 mil mensais, ou R$ 600 mil por ano — passará a financiar a conta.


“Essa medida dá concretude à ideia de retirar os mais pobres da base de cobrança e transferir a responsabilidade para os mais ricos”, afirmou.

Esse contingente, ainda que pequeno, concentra parte significativa da renda do país e será atingido por alíquotas progressivas que podem chegar a 10%.


Carazza lembra que, após duas décadas de cobrança "mais suave", os contribuintes de alta renda voltarão a ter uma participação proporcional maior no sistema tributário.

Isso porque, no Brasil, diversos mecanismos reduzem a carga efetiva sobre os mais ricos, como a isenção de lucros e dividendos e a menor tributação sobre aplicações financeiras.

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